Clássico Fenomenal

Existiu um clássico entre Palmeiras e Corinthians até os 18 minutos da segunda etapa e outro na sequência.

Clássico 1:
Um primeiro tempo sofrível, sem muitas chances de gols e fortes retrancas. Depois do intervalo, o Palmeiras voltou melhor pressionou e após uma falha grotesca de Felipe, Diego Souza abriu o placar para o alviverde. Depois disso, o timão abriu espaços para o contra-ataque, mas o Palmeiras não soube aproveitar e perdeu algumas chances para matar o jogo.

Clássico 2:
Eis que surgem os técnicos. Luxemburgo comete o erro de tirar Diego Souza, melhor em campo até então. Mano coloca Ronaldo e Dentinho em campo em um 4-3-3 ofensivo há muito não visto. O Corinthians foi pra cima. Ronaldo recebeu a bola na esquerda, protegeu do marcador e soltou a bomba de fora da área. Ela explodiu no travessão. Seria um belíssimo gol. Ali qualquer torcedor e até o próprio Luxemburgo sentiram que a zaga do Palmeiras fraquejaria. E não deu outra. O alvinegro foi pra cima e novamente com o Fenômeno. Apesar do peso, girou pra cima do marcador e nem pareceu ter operado 3 vezes os joelhos. Dessa vez, o goleirão Bruno fez uma linda defesa na cabeçada de André Santos.

Ronaldo mostrava garra a cada lance e o Palmeiras foi se acuando (erro do Luxa). E quando parecia acabado (no melhor estilo do torcedor corintiano), o gol saiu da forma mais difícil de se acreditar: de cabeça (o que quase não tem acontecido) e com Ronaldo (que não é um especialista na jogada). E detalhe, aos 47 do segundo tempo.

Ronaldo mostrou que está vivo para o futebol, mas que tem muito a evoluir, até encontrar uma forma física melhor e um entrosamento maior com o grupo. Só não ficou feliz quem é São Paulino, Santista e o próprio Palmeirense, porque a rivalidade não permite. Mas aposto que até entre eles, teve quem comemorou a volta do maior goleador das Copas do Mundo, eleito três vezes o melhor do mundo pela Fifa.

Não sei se ele irá manter o alto futebol apresentado no clássico ou se as marcações irão deixá-lo apagado, mas ele venceu mais uma vez, quando todos duvidavam. Palmas para o Ronaldo.