Sonhei que a fórmula dos pontos corridos tinha acabado e que o mata-mata tinha voltado. Vi no primeiro domingo, o estádio Olímpico, em Porto Alegre, completamente lotado e em campo, São Paulo e Grêmio, os dois melhores do campeonato decidiam o título. No domingo seguinte, o Morumbi estava como na partida contra o Fluminense. Novamente as equipes se enfrentavam para decidir quem seria o campeão brasileiro. Mas acordei. A burocracia passou pelo futebol e levou a emoção embora...
Nem de perto Goiás X São Paulo e Grêmio X Atlético/MG terá a mesma emoção que uma final direta. O campeonato premia o mais regular, o mais preparado, mas jamais veremos novamente a emoção de anos atrás.
A última rodada da primeira fase era repleta de emoções. Não eram dois times brigando pelo título. Eram 10 ou mais lutando por 8 vagas. Os mesmos 4 lutando para não cair. Daí em diante, as 8 equipes se enfrentando (e não contra times que nada almejam e precisam receber mala branca pra jogar) em dois jogos, cada um por si, eliminando adversários, até sobrarem dois. Com emoção e muita pressão, vence o time que tiver mais brio, qualidade que eu venero muito mais do que a burocrática regularidade. Você prefere ver seu time ser campeão brasileiro ou da Libertadores? Qual fórmula é mais emocionante? A Libertadores é injusta porque é disputada no mata-mata?
Argumentos de que a Copa do Brasil está aí pra isso são inválidos, pois a mesma não é uma grande competição, já que as melhores equipes não a disputam, justamente por estarem na competição continental.
Conheço torcedores do Corinthians, por exemplo, que dizem que o título de 2005, único da equipe na era de pontos corridos, foi o mais sem graça da história, vencido com uma derrota em Goiânia por 3 a 2. Para eles, não há como comparar este com os de 1990, 1998 e 1999, todos na fórmula do mata-mata.
Proponho mais uma vez, o que fiz há um tempo atrás. Imaginem as finais com a posição atual da tabela:
São Paulo X Coritiba
Grêmio X Goiás
Palmeiras X Internacional
Cruzeiro X Flamengo
quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
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